Por Dr Andre Lins de Medeiros
João Pessoa – PB
O glaucoma é frequentemente referido como o “ladrão silencioso da visão”, uma designação que destaca a natureza sorrateira e potencialmente devastadora desta doença.
O glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA) é a forma mais comum desta doença, caracterizada por um dano progressivo ao nervo óptico que pode, eventualmente, levar à cegueira.
Juntamente com o GPAA, a hipertensão ocular (HO) é outra condição relacionada, onde há um aumento na pressão intraocular sem dano aparente ao nervo óptico ou perda de campo visual.
Ambas as condições têm implicações significativas na saúde ocular e na qualidade de vida dos pacientes, tornando imperativo um diagnóstico precoce e uma gestão eficaz.
O uso de colírios para tratar glaucoma vêm acompanhados de vários efeitos colaterais e consequente baixa aderência ao tratamento.
Na última década, surgiram alternativas que podem eliminar a necessidade do uso de colírios, dependendo principalmente do estágio do glaucoma e da resposta individual ao tratamento, como o tratamento à laser para glaucoma (SLT) e as cirurgias minimamente invasivas para glaucoma (MIGS).
Saiba mais sobre
Sumário
Qual Médico Trata o Glaucoma?
O médico que trata glaucoma é o oftalmologista? Trata-se do médico especializado na saúde dos olhos, responsável por diagnosticar e tratar condições oculares.
Dr Andre é oftalmologista, atende atualmente em consultório na cidade de João Pessoa.
Com uma trajetória distinta na Oftalmologia, Dr. Andre Lins de Medeiros formou-se médico em 2012 e tem mais de 10 anos de atuação na área de tratamento de glaucoma.
Dr. Andre foi o pioneiro no estado da Paraíba no tratamento de glaucoma utilizando o laser seletivo. Nós já utilizamos esta tecnologia há cerca de 5 anos, desde 2019, com mais de 200 pacientes tratados e satisfeitos.
Além de suas realizações acadêmicas, Dr. Andre também dedicou parte de seu tempo à educação, atuando como Preceptor de outros médicos residentes e fellows da Fundação Regional de Assistência Oftalmológica, onde compartilhou seu conhecimento e orientou novas gerações de oftalmologistas.
Confira abaixo um vídeo em que o Dr. Andre Lins explica os benefícios da trabeculoplastia seletiva à laser. Na parte final deste vídeo há um depoimento de um paciente especial.
Confira agora depoimentos de outros pacientes que se consultaram com o Dr Andre Lins.
ExcelenteCom base em 29 avaliaçõesTrustindex verifica se a fonte original da avaliação é Google.Lenilde Fariad2024-09-03Excelente profissional! Super atencioso com seus pacientes. Super indico!Trustindex verifica se a fonte original da avaliação é Google.Maria laudineide Jorge de Souza2024-08-28Minha experiência foi excelente! Procurei o Dr. Andre porque usava colírio p glaucoma já a dois anos, indicado por outro profissional...como tava irritando muito meus olhos resolvi trocar de profissional. Me surpreendi depois q o mesmo me escutou e fez vários procedimentos em meus olhos o Doutor concluiu q eu não tinha glaucoma. É um grande profissional, super recomendo!Trustindex verifica se a fonte original da avaliação é Google.Sonale Santos2024-07-30Atendimento excelente e profissional excelenteTrustindex verifica se a fonte original da avaliação é Google.Roberto Efrem2024-07-24Excelente! Dr. André é um profissional que transmite segurança e amplo conhecimento em sua área de atuação.Trustindex verifica se a fonte original da avaliação é Google.Roseneia F2024-07-10Graças a Dr André, pela primeira vez na vida, estou vendo sem o uso dos óculos. Desde 8 anos que uso óculos, pra alto grau de hipermetropia + astigmatismo e com a idade adquiri outros problemas como Nistagmo, Diplopia, Ambliopia e C, Gratidão Dr André atarata. Já fiz a cirurgia de olho e já vejo, como nunca vi antes. Certamente com a cirugia de segundo olho, não dependerei mais de óculosTrustindex verifica se a fonte original da avaliação é Google.Acione Vasconcelos2024-05-14Simplicidade atendimento excelente, maravilhoso fui muito bem atendida obgTrustindex verifica se a fonte original da avaliação é Google.Eduardo Braga2024-05-14Excelente
Estatística do Glaucoma
Globalmente, o glaucoma é a segunda principal causa de cegueira, afetando aproximadamente 60 milhões de pessoas.
O GPAA, sendo o tipo mais prevalente de glaucoma, é responsável por cerca de 3/4 desses casos. A prevalência do GPAA varia entre as populações, sendo mais comum em indivíduos de ascendência africana e menos comum em asiáticos.
A incidência da doença também aumenta com a idade, tornando-se mais prevalente em indivíduos acima dos 40 anos.
Estudos epidemiológicos também indicam que a hipertensão ocular é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de GPAA, mesmo que por si só não seja considerada uma forma de glaucoma.
O Diagnóstico
O diagnóstico clínico de GPAA é frequentemente desafiador devido à ausência de sintomas nas fases iniciais da doença.
A maioria dos pacientes não apresenta queixas até que a doença esteja avançada, momento em que a perda visual se torna perceptível.
Durante os exames oftalmológicos de rotina, os médicos avaliam o nervo óptico em busca de sinais de atrofia ou escavação, características típicas do GPAA.
A medição da pressão intraocular (PIO) também é fundamental, embora uma PIO elevada por si só não confirme o glaucoma; é apenas um dos vários fatores considerados no diagnóstico.
A figura abaixo mostra a visão do médico durante a realização da aferição da pressão intraocular.
A avaliação do glaucoma vai além do exame clínico e envolve uma série de exames complementares que fornecem informações detalhadas sobre a estrutura e função do olho:
- Tonometria: Mede a pressão intraocular. Uma PIO consistentemente elevada pode indicar HO ou glaucoma.
- Gonioscopia: Avalia o ângulo da câmara anterior do olho. No GPAA, este ângulo é aberto, mas pode apresentar alterações patológicas.
- Campimetria (ou perimetria visual): Avalia o campo visual do paciente. No GPAA, a perda do campo visual começa perifericamente, progredindo centralmente.
- Tomografia de coerência óptica (OCT): Fornece imagens detalhadas da retina e do nervo óptico, ajudando a avaliar a espessura da fibra nervosa retiniana e detectar perdas precoces.
- Paquimetria: Mede a espessura da córnea, que pode influenciar as leituras da PIO e está associada ao risco de desenvolvimento de glaucoma.
Em resumo, o glaucoma primário de ângulo aberto e a hipertensão ocular são condições oculares significativas com implicações profundas na saúde visual. Dada a natureza assintomática do GPAA nas fases iniciais, a ênfase deve ser colocada na detecção precoce e na gestão eficaz para preservar a visão e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Entenda quais são
Colírios: A Terapia Convencional
Por décadas, os colírios foram a primeira linha de tratamento para o glaucoma. Eles funcionam reduzindo a pressão intraocular, seja diminuindo a produção de humor aquoso ou aumentando sua drenagem.
No entanto, o uso prolongado de colírios vem com seu próprio conjunto de desafios.
Primeiramente, os colírios exigem uma aderência rigorosa por parte dos pacientes.
Muitos pacientes, especialmente os idosos, têm dificuldade em lembrar de aplicá-los regularmente, o que pode levar a picos e vales na pressão ocular. Essas flutuações são prejudiciais ao nervo óptico e podem acelerar a progressão do glaucoma.
Além disso, os colírios podem causar uma série de efeitos colaterais, incluindo irritação ocular, blefarite, olheiras, mudança na coloração da íris e alterações na conjuntiva. Estes efeitos secundários, por sua vez, podem afetar negativamente a qualidade de vida do paciente e sua adesão ao tratamento.
Uma Abordagem Inovadora: O SLT
Ao longo dos anos, a filosofia de tratamento do glaucoma tem evoluído, e agora, estamos na vanguarda de uma revolução no cuidado.
A ênfase está mudando de abordagens reativas para intervenções proativas mais cedo na doença, reduzindo a chance de progressão e minimizando o fardo econômico e os desafios de aderência associados aos tratamentos tradicionais.
O glaucoma, uma das principais causas de cegueira em todo o mundo, tem sido tradicionalmente tratado com colírios.
No entanto, com o avanço da tecnologia médica, novas abordagens estão surgindo, e a Trabeculoplastia Seletiva a Laser (SLT) está na vanguarda dessa revolução. Mas como ela se compara ao tratamento convencional com colírios?
Este artigo busca explorar essa questão, mergulhando profundamente nas características, benefícios e desafios de ambas as abordagens.
A Luz da Trabeculoplastia Seletiva à Laser (SLT)
A tecnologia SLT surgiu como uma solução de vanguarda para enfrentar os desafios associados ao tratamento do glaucoma.
Esta técnica utiliza um laser de pulso único, cujo alvo é a melanina presente no trabeculado. A precisão do SLT é notável; com um pulso extremamente curto de 3 nanossegundos, ele evita danos térmicos às células ou tecidos.
Em vez disso, produz um efeito biológico, não coagulativo e sem cicatrizes.
Diferente dos colírios, que agem quimicamente, o SLT é um procedimento físico que utiliza um laser de pulso único para atuar sobre a melanina presente no trabeculado, a malha filtrante do olho.
O que torna o SLT único é sua precisão. Com um pulso de apenas 3 nanossegundos, ele é curto o suficiente para evitar qualquer dano térmico ao tecido ocular.
Ao invés de causar coagulação e cicatrização, como ocorre com técnicas mais antigas como a trabeculoplastia não seletiva com laser de argônio (ALT), o SLT tem um efeito biológico.
Estudos de microscopia eletrônica mostraram que, enquanto a ALT causava coagulação e fibrose, o SLT preservava a integridade do tecido.
Isso é essencial, pois a fibrose causada pela ALT pode contraindicar futuras intervenções, como as cirurgias microinvasivas modernas (MIGS).
Em contraste, o SLT, ao manter a integridade do trabeculado, permite que outras intervenções sejam realizadas no futuro, se necessário.
Outra vantagem significativa do SLT é a aderência. Como é um procedimento, uma vez realizado, não há necessidade de lembrar dos colírios diariamente, caso consigamos atingir o alvo pressórico pré-estabelecido.
Estudos mostraram que a pressão em pacientes que nunca foram tratados pode ser reduzida em até 30% apenas com o SLT.
A atualização do estudo que mudou a conduta mundial na indicação do SLT (o Light Study) publicado em 2023 que acompanhou pacientes recém-diagnosticados de glaucoma mostrou que 70% das pessoas que iniciaram pelo SLT permaneceram totalmente livre de colírios em 6 anos.
Confira o principal estudo sobre tratamento de glaucoma à laser recém-atualizado na íntegra aqui.
Os Benefícios Além da Economia
Para muitos pacientes, o tratamento tradicional com colírios apresenta desafios significativos.
Efeitos colaterais relacionados ao uso de colírios para tratar glaucoma como:
-Irritação ocular
-Olheiras
-Olho seco
-Blefarite
-Atrofia da gordura orbital
-Escurecimento da íris
-Alterações na conjuntiva
Podem diminuir a qualidade de vida e comprometer a aderência ao tratamento com colírios.
Flutuações na pressão intraocular devido à administração inconsistente de colírios podem ser prejudiciais ao nervo óptico, acelerando a progressão do glaucoma.
O SLT, por outro lado, oferece uma alternativa promissora. Como uma intervenção, garante aderência total.
Em estudos clínicos, o SLT mostrou reduzir a pressão intraocular em até 50%, a depender da pressão inicial, quanto mais alta a pressão antes do laser, maior a queda pressórica.
Além disso, um estudo publicado no renomado jornal Lancet apontou que o SLT é mais eficaz em alcançar metas de tratamento do que colírios, com menos progressão da doença e maior economia.
Publicado no prestigiado jornal Lancet, o estudo LIGHT comparou a eficácia do SLT e dos colírios como tratamento de primeira linha para o glaucoma. Os resultados foram reveladores.
Não apenas o SLT provou ser mais eficaz em alcançar as metas de pressão intraocular, mas também foi mais econômico. Na Grã-Bretanha, o estudo mostrou uma economia de 450 libras esterlinas por paciente por ano no grupo do SLT.
Além disso, enquanto 11 pacientes do grupo dos colírios necessitaram de cirurgia mais invasiva, nenhum paciente do grupo do SLT precisou dessa intervenção.
Isso ressalta a eficácia do SLT como uma abordagem de tratamento menos invasiva e mais sustentável.
SLT: Uma Abordagem Sustentável
A capacidade de repetir o SLT aumenta seu valor no tratamento do glaucoma.
Diferentes estudos confirmaram que as sessões repetidas de SLT podem resultar em períodos prolongados de pressão intraocular controlada.
Este procedimento é extremamente seguro e não invasivo, o que torna o SLT uma opção atraente para muitos oftalmologistas e pacientes.
MIGS: A Cirurgia Minimamente Invasiva Para o Tratamento de Glaucoma
A malha trabecular funciona como se fosse um filtro de carvão, está localizada no ângulo entre a íris e a córnea e é um dos principais locais de resistência à passagem de humor aquoso (o líquido que produzimos de maneira contínua dentro de nossos olhos).
Se há resistência à passagem deste líquido, ele será produzido , porém não será drenado. Desta forma há elevação da PIO.
Muitos pacientes enfrentam problemas de adesão e tolerabilidade aos medicamentos, enquanto as cirurgias incisionais, como a trabeculectomia podem vir acompanhadas de complicações sérias.
Surge, então, uma nova esperança para os pacientes: as cirurgias de glaucoma minimamente invasivas, que prometem ser uma opção mais segura e eficaz para reduzir a PIO.
Dentro deste contexto, destacam-se os menores stents implantados no corpo humano, que fazem um pequeno atalho através da malha trabecular.
Esses dispositivos atuam melhorando o fluxo convencional através do canal de Schlemm, contornando a malha trabecular, um local de resistência significativo no GPAA.
Com um design otimizado e uma técnica cirúrgica simplificada, esse novo modelo de stent promete revolucionar ainda mais o tratamento do glaucoma.
Caso o paciente esteja sendo submetido a uma cirurgia de catarata, ele pode fazer o procedimento combinado de catarata associado ao stent.
Eles oferecem uma maneira eficaz e segura de reduzir a PIO e a necessidade de medicamentos.
Leia mais sobre os stents para tratamento do glaucoma.
GATT: O MIGS Para Glaucoma Moderado e Refratário
Dentro do espectro das opções cirúrgicas, a Trabeculotomia Transluminar Assistida por Gonioscopia (GATT) surge como um método inovador, oferecendo uma alternativa menos invasiva e eficaz para o tratamento de diversos tipos de glaucoma.
O procedimento é realizado em centro cirúrgico especializado e tem duração total de cerca de 5 minutos, sendo confortável ao paciente e apresentando rápida recuperação.
O Que é GATT?
GATT é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva que visa melhorar o fluxo do humor aquoso do olho, diminuindo a pressão intraocular e, consequentemente, o risco de danos ao nervo óptico. Este procedimento é realizado com a ajuda de um endoscópio ou uma fibra óptica iluminada e uma lente de gonioscopia, permitindo ao cirurgião visualizar o ângulo do olho (trabéculo) com detalhes sem precedentes e realizar a trabeculotomia com precisão notável. Assim como o SLT, a GATT pode ser combinada com cirurgia de catarata.
Como Funciona a GATT?
Durante o procedimento GATT, o cirurgião faz uma pequena incisão na conjuntiva (a membrana que cobre a parte branca do olho) e introduz um cateter iluminado no canal de Schlemm, uma parte crucial do sistema de drenagem do olho. Através da gonioscopia, o cirurgião guia o cateter ao redor do canal, identificando e abrindo as áreas obstruídas que estão impedindo o escoamento adequado do humor aquoso. Ao final do procedimento, o cateter é removido, e a pressão intraocular é reduzida pela melhoria do fluxo do humor aquoso.
Vantagens da GATT
- Minimamente Invasiva: Como uma técnica minimamente invasiva, a GATT apresenta um perfil de segurança superior, com menos complicações pós-operatórias e uma recuperação mais rápida quando comparada às cirurgias convencionais de glaucoma.
- Adequada para Vários Tipos de Glaucoma: Este procedimento tem se mostrado eficaz em diferentes tipos de glaucoma, incluindo glaucoma primário de ângulo aberto, glaucoma de ângulo fechado e até em casos de glaucoma congênito.
- Preservação de Estruturas Oculares: Ao contrário de outras técnicas cirúrgicas que requerem a remoção ou perfuração de tecido ocular, a GATT trabalha melhorando o sistema de drenagem existente do olho, preservando suas estruturas naturais.
- Repetibilidade: Caso necessário, o procedimento pode ser repetido, oferecendo aos pacientes uma opção de tratamento adicional sem comprometer as estruturas oculares.
Conclusão
A mudança na filosofia de tratamento do glaucoma reflete uma evolução no pensamento médico.
À medida que avançamos na compreensão da doença e no desenvolvimento de tecnologias mais sofisticadas, é imperativo que adotemos abordagens que não apenas tratem, mas também previnam a progressão do glaucoma.
O SLT, com sua precisão, eficácia e perfil de segurança, sinaliza um futuro promissor na luta contra o glaucoma.
Enquanto os colírios continuam sendo uma opção válida, a emergência do SLT, apoiada por estudos como o LIGHT, sugere que o futuro do tratamento do glaucoma pode ser menos invasivo, mais eficaz e mais econômico.
Os stents representam uma significativa inovação no tratamento do glaucoma para casos iniciaiss de glaucoma.
A GATT representa um avanço significativo no tratamento cirúrgico do glaucoma, oferecendo aos pacientes uma opção segura e eficaz para o controle da pressão intraocular, inclusive em casos previamente submetidos a cirurgias mais invasivas, como a pós-trabeculectomia..
Esses dispositivos, quando combinados com procedimentos cirúrgicos adequados, têm mostrado grande eficácia na redução da pressão intraocular, um fator crucial na gestão da doença.
Com altos padrões de segurança e resultados promissores ao longo do tempo, eles oferecem esperança renovada para pacientes com glaucoma, buscando alternativas mais eficientes e menos invasivas ao tratamento convencional.
Para pacientes e médicos, é uma era de otimismo e promessa, à medida que novas tecnologias e abordagens continuam a revolucionar o campo da oftalmologia.
Leia Também
https://drandrelins.com.br/fadiga-ocular/
https://drandrelins.com.br/oftalmologista-o-medico-dos-olhos/
https://drandrelins.com.br/ceratocone-novas-perspectivas/
https://drandrelins.com.br/um-passeio-na-optica-da-lente-trifocal/
https://drandrelins.com.br/pterigio-causas-sintomas-e-tratamento/
Links Externos:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36122660/
https://www.thelancet.com/article/S0140-6736(18)32213-X/fulltext
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9203480/
https://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(22)00732-1/fulltext